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terça-feira, 27 de agosto de 2024

O INSS é uma Fraude?



Sempre vai ter um emocionado para falar mal do INSS, que não é necessário contribuir, que vale muito mais a pena investir em outro lugar esse dinheiro quando a pessoa é autônoma, e quando é empregado, acha cara demais a contribuição do INSS.

Contudo, eu sou um defensor da manutenção do mesmo e que se você colocar a maioria das contribuições no lápis, o contribuinte sairá no lucro na maioria delas, portanto, vamos começar com o autônomo, aquele cara que trabalha e deveria de pagar o INSS, podendo ser como contribuinte individual (11% do salário minimo) ou através do registro de MEI (Micro Empreendedor Individual), sendo essa contribuição um pouco mais de 5% do salário mínimo mensal.

Vamos aqui dispensar valores para falar de um texto atemporal que poderá ser lido hoje e daqui a 10 anos da mesma maneira, logo, se contribuo ai com 5% no MEI, para completar um salário de contribuição para o governo, eu tenho que contribuir 20 vezes, ou seja, mais de um ano e meio, se falarmos ali dos quinze anos mínimos de contribuição, ou vinte após a nova reforma, teriamos que contribuir por então 20 anos de 5%, que seriam 20 vezes 12 vezes 5%, o que daria 240 contribuições (antigamente era 180), o que dá 12 salários mínimos, ou seja, para você se "aposentar por idade", seria necessário esse valor mínimo, e que logo, você receberia de volta no primeiro ano de aposentado, ou até mesmo, em casos imprevistos de auxílio doença ou de aposentadoria por invalidez, você receberia valores temporariamente ou definitivamente de volta, também em caso de morte e você tenha companheiro e filhos, eles receberiam por você esses valores.

Veja então que o autônomo que não paga o INSS, perde um dos melhores investimentos que ele pode fazer, além de ficar amparado em casos de doença e incapacidade, não esquecendo que os benefícios possuem 13º salário também, ou seja, o retorno fica ainda mais rápido de certa forma.

No segundo caso, seria uma contribuição no valor de 11% pelos mesmos 20 anos, o que daria uma contribuição maior é claro, de cerca de vinte e seis anos e meio de salários mínimos praticamente, contudo, o valor do salário não é estático, e em cerca de quarenta e cinco anos, o salário haveria diversos reajustes e as suas contribuições iniciais seriam cada vez menores, sendo que o valor da sua aposentadoria seria bem diferente do "primeiro aporte".

Para o caso do trabalhador CLT, a alíquota de contribuição é progressiva e possuíria valores de retorno ainda mais variáveis, pois a tabela vai de 7,5% até 14% a depender da faixa, mas o trabalhador no caso conta com seguro desemprego, PIS e várias outros benefícios, portanto, quem reclama, me parece não fazer conta dos retornos, lembrando que na maioria das vezes, o retorno é no longo prazo mesmo, no final da vida, portanto, vejo muitas vantagens na contribuição.